Junto ao número 26 da Rua do Moinho, mesmo ao lado do rio Onda, encontra-se o lavadouro público. Não tem data de construção, nem uma placa com o nome de quem o inaugurou.
À data das imagens, este é um lugar vivo. Duas mulheres lavam tapetes que estendem no corrimão junto ao rio. O tanque já foi maior e, em tempos, muita gente ali vinha lavar, dizem. Hoje, são menos, mas o espaço permanece activo, cuidado, presente no quotidiano de quem ali vive perto. A roupa, deixada a escorrer, está sempre no mesmo sítio ao regressar. A água é paga pela Junta de Freguesia e renova-se automaticamente de hora a hora. “Se esperares até às duas horas, vais ver”, diz. Uns quinze minutos de água corrente, são o suficiente para renovar a água do tanque. Não há um sabão certo, cada pessoa lava com o que quer. Não se veem teias de aranha, apenas o habitual cartaz: “água não controlada”. De tempos a tempos, passa um carro, ladra um cão do outro lado da rua e soa o sino da igreja.




















